quinta-feira, 2 de junho de 2011

Não a descriminalização da maconha

São muitos os que defendem arduamente a não criminalização do uso da maconha. Essa onda impulsionada por artistas, intelectuais e políticos como Fernando Henrique Cardoso é uma grande irresponsabilidade. Na Câmara dos deputados, 63 parlamentares são a favor da descriminalização, e 298, contra, 21 disseram "em termos", e 32 não souberam responder, totalizando 414 dos 513 deputados. A maior parte da sociedade também é contra essa política.

A proposta do ex-presidente vai contra a experiência de países como a Holanda, que hoje é quase obrigada a rever sua política de não combate às drogas. Mesmo sendo diferente de legalizar, descriminalizar as drogas é o mesmo que minimizar a responsabilidade e a culpa do usuário enquanto agente que financia direta ou indiretamente o tráfico, pois este compra um produto ilegal. Mesmo a legislação atual, na maioria dos casos, já não determina a prisão do usuário, atribuindo penas alternativas e o direito a tratamento para que este se livre do vício.

Falta também embasamento cientifico àqueles que dizem que essa postura diminuiria a criminalidade e o tráfico de drogas. A maconha é, sim, a porta de entrada para drogas mais pesadas e mortais. O uso regular da maconha está associado a 10% dos casos de esquizofrenia. A droga, diferente do que muitos afirmam, não é inofensiva.

Essa não é uma forma efetiva de combate à dependência e ao tráfico de drogas. Na verdade, esse tipo de política só aumentaria o número de usuários, algo completamente inaceitável para um país que, no presente, não vem conseguindo dar assistência nem mesmo aos dependentes químicos existentes.

Felizmente, esse é um movimento de pouca credibilidade social. Tenho certeza de que a sociedade e a bancada do PRB não permitirá esse ato de extrema irresponsabilidade. Personalidades como FHC deveriam se preocupar em fomentar atividades que envolvessem os jovens em atividades esportivas e culturais, a exemplo do que vem fazendo a Força Jovem Brasil. Essa seria uma forma bem mais efetiva de tirar jovens das drogas e do crime.


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