sexta-feira, 29 de abril de 2016

Nova coordenação estadual do PRB Mulher em São Paulo



O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, empossou a nova coordenadora estadual do PRB Mulher em São Paulo. Agora a prefeita Ana Karin, reeleita na cidade de Cruzeiro, é a coordenadora estadual do PRB Mulher.
O evento aconteceu nesta quinta-feira (28) no auditório da sede do partido e contou com mais de 200 pessoas. Karin filiou-se ao partido em setembro, após um convite do deputado estadual Gilmaci Santos.
Marcos Pereira lamentou que apenas 10% da Câmara dos Deputados é composta por mulheres. Segundo o presidente o objetivo é eleger o maior número de prefeitas e vereadoras em 2016 e ampliar a bancada feminina em 2018.


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Marcos Pereira - Mensagem da Semana: ‘Protagonista a favor do impeachment’

Olá republicanos de todo o Brasil!

O PRB manteve-se coerente com seu discurso e com sua própria história ao votar unanimemente a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na memorável sessão de ontem (17), na Câmara dos Deputados, em Brasília, que abriu o processo contra ela.
Coerente com seu discurso porque, em junho de 2014, ao anunciar que apoiaria a reeleição de Dilma, eu mesmo, em nome da Executiva Nacional, condicionei a manutenção da parceria à melhora da economia – que já dava sinais de problema – e à participação efetiva do partido no governo.
E coerente com sua história porque o PRB foi criado não apenas para ser mais um partido político brasileiro em busca de cargos e posições, mas sim construir um novo e alternativo projeto de país com protagonismo e liderança. Eu dizia: “O PRB é aliado, mas não é subserviente”.
Embora tenhamos ocupado o Ministério do Esporte até o dia 16 de março, portanto por 15 meses, o PRB nunca fora chamado pela presidente para contribuir na formulação da macro política. Eu disse no ano passado inteiro que Dilma se cercou de três ou quatro ministros palacianos. E só.
A relação se deteriorou. Já não havia diálogo. Diálogo, aliás, nunca foi o forte de Dilma, especialmente com o Congresso Nacional. Ela nunca escondeu seu desprezo pelos parlamentares. Política sem conversa não se sustenta. Não tem mistério.
Com a coragem que é peculiar ao PRB, puxamos a fila ao deixar o ministério e nos afastarmos da base do governo. Na semana passada, anunciamos que os 22 deputados federais e o senador Marcelo Crivella votariam a favor do impeachment. Outros partidos saíram na sequência.
A justificativa do PRB para apoiar o impeachment foi amplamente defendida e divulgada durante todo o debate na comissão especial e no plenário da Câmara nos últimos três dias. Entendemos que houve, sim, crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma.
Entendemos também que Dilma e o PT já não reúnem condições políticas e morais para liderar o Brasil para fora da tempestade econômica. Soma-se a tudo isso as denúncias de corrupção contra o governo e o esfarelamento da maior estatal brasileira, a Petrobras.
Governar exige liderança e confiança. Por mais que sobreviva ao impeachment no Senado, Dilma já não será presidente de fato, apenas de direito. A presença do ex-presidente Lula seja ocupando um ministério ou nos bastidores do Planalto deslegitimaram sua presidência.
Por fim, amigos, quero deixar claro que tomamos esta importante decisão ouvindo as bases do partido. No ano passado estive em 23 estados e mais de 30 cidades do interior de São Paulo, e em praticamente todas elas fui abordado por republicanos pedindo nossa saída da base.
Temos a convicção de que este é o melhor caminho para o Brasil. Por isso peço a todos que se mantenham ativos, inclusive na internet, apoiando nossos parlamentares e defendendo a posição do partido. O PRB precisa de cada um de vocês. Vamos em frente. A luta continua.
Boa semana a todos.

Marcos Pereira – presidente nacional do PRB

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Vereadora apresenta demandas de Carapicuíba


Na última terça-feira, 12, o deputado estadual Gilmaci Santos (PRB) recebeu em seu gabinete a vereadora Sonia Maria Esteves dos Santos (PRB), mais conhecida como professora Sonia. A vereadora que mora em Carapicuíba, Grande São Paulo, há mais de 34 anos está em seu segundo mandato.
Durante a conversa, Sonia expôs algumas necessidades da cidade. Segundo a vereadora, a saúde é uma das áreas que mais necessita de ajuda. “9 de cada 10 pedidos que chegam ao meu gabinete são relacionados a área da saúde”, explicou. A republicana solicitou ao deputado que interceda junto ao governo do Estado a liberação de recursos para uma das Unidades Básicas de Saúde de Carapicuíba.  
O deputado que recebe diariamente representantes de diversos municípios disse que a saúde pública “é uma das áreas com maior demanda, mas é, infelizmente, a mais carente”. Sonia Maria agradeceu o apoio do parlamentar e disse que agora ganhou “um amigo”.

sábado, 2 de abril de 2016

'Kit bíblico' deve ser distribuído a alunos de escolas estaduais? Não

*Artigo publicado hoje (02/04) na Folha de S. Paulo

O ESTADO É LAICO
Gilmaci Santos

Um projeto de lei polêmico ainda está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. De autoria do deputado Rodrigo Moraes (PSC), o projeto cria o programa de distribuição de um "kit bíblico educativo" no ensino básico e fundamental da rede estadual.
Após pedir vistas e registrar abstenção na votação do projeto na Comissão de Educação e Cultura, recebi apoio e críticas por minha decisão. Por que um evangélico não concorda com tal projeto?
A explicação é simples: penso que o Legislativo não deve interferir no conteúdo pedagógico das escolas, como quer o projeto, pois no artigo 2º a propositura afirma que o programa distribuiria gratuitamente "um kit bíblico educativo contendo histórias escritas na Bíblia, de caráter totalmente pedagógico".
Mesmo que os cristãos sejam maioria no país, não cabe a nós decidir qual material deverá ser proposto no ambiente escolar. O programa, segundo o próprio projeto, também será custeado pelo Estado, uma vez que no artigo 5º está escrito que "as despesas resultantes da execução desta lei correrão à conta das dotações orçamentárias já consignadas no orçamento vigente, suplementadas se necessário".
Não sou contrário a evangelização de jovens, mesmo porque também sou evangélico, mas não é aceitável inserir material religioso no ambiente de ensino, visto que fazê-lo abriria precedentes para que as escolas inserissem kits com o Corão, O Evangelho Segundo o Espiritismo ou a Torá.
Imaginem a confusão de doutrinas religiosas se abríssemos essa exceção. Como disse outras vezes, religião é algo que deve ser ensinada pelos pais, e não na escola, já que os professores são educadores, e não religiosos.
Fui eleito por evangélicos e sei que devo representar essas pessoas, mas faço isso ao combater todo o tipo de cerceamento da liberdade religiosa. Como deputado não posso legislar apenas segundo as minhas convicções religiosas, pois ao legislador não é dado o direito de fazer de seu credo, lei.
Vendo agora a questão do ponto de vista religioso, não creio que nós, cristãos, devemos transferir a nossa obrigação de evangelizar para a escola. Quando Jesus Cristo disse "ide a todo mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Marcos 16, 15), disse isso aos apóstolos, homens que decidiram seguir e pregar o evangelho de Cristo.
Entendo a boa vontade do parlamentar que propôs o projeto e seu respeito para com o livro sagrado de nós cristãos, mas projetos como esse transferem ao Estado a tutela da educação religiosa, quando esta deveria ser dos pais.
Na justificativa o autor afirma também que o projeto de lei pretende "amenizar os conflitos nos lares, nas escolas, nas ruas e na sociedade de um modo geral", mas não podemos esquecer que a religião sozinha não impede a violência.
Essa ideia, na verdade, é equivocada, pois grande parte das guerras mundo afora teve origem em conflitos religiosos. Na escola, a violência deve ser combatida por meio do ensino pedagógico.
O Estado deve ser mantido laico, como ordena a Constituição no seu artigo 5º. Isso evita que se privilegie uma ou outra religião. Se o Estado é laico, a escola pública, que faz parte do Estado, também deve ser.
Mesmo que o projeto não trate de disciplina obrigatória, organizar a grade para inserir essas atividades alternativas exigiria a preparação de professores e não respeitaria a diversidade de culto. A escola, que já está longe de cumprir a sua obrigação básica, estaria preparada para trabalhar a questão religiosa?
 
GILMACI SANTOS, 55, pastor evangélico, é deputado estadual (PRB-SP), membro efetivo da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.