Hoje faz um ano que uma das pessoas mais marcantes de nossa política nos deixou. José Alencar Gomes da Silva nasceu em 17 de outubro de 1931, em Muriaé (MG). Antes de ser tornar um dos fundadores da Coteminas, Alencar foi viajante comercial, atacadista de cereais e dono de fábrica de macarrão. Morreu em 29 de março após uma luta perseverante contra o câncer. Já em vida, Zé fez história e mostrou que um político pode, sim, viver de maneira honrada. Disse inúmeras vezes que não tinha medo da morte, mas da desonra. Conquistou quase toda a nação com sua simpatia e sinceridade, foi um exemplo ao lutar por viver e manter aquele sorriso no rosto mesmo quando parecia que não teria mais jeito. O histórico ilibado deste homem, em um período em que políticos são olhados com total descrédito, trouxe esperança àqueles que não mais acreditavam ser possível um homem chegar aos mais altos cargos, mas mesmo assim se manter inabalável.
Mesmo sendo um dos homens mais importantes do País, Alencar permanecia humilde e cativava a todos ao seu redor. Tive o prazer de conhecer este grande homem, que chegou a ser presidente de honra do Partido Republicano Brasileiro. Foi ele quem ajudou a escrever a história de nosso partido que, como ele, começou pequeno, mas conquistou a nação e tornou-se um dos maiores da nação. Estamos chegando lá, seguindo os passos de um dos mais fervorosos militantes da causa da população brasileira. Como já afirmei outras vezes, ao morrer José Alencar não foi vencido, mas entrou para a história.
Até hoje ele é lembrado como um grande exemplo em nossa política. No ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sempre teceu elogios ao amigo Alencar, disse que o PT deveria inovar na e
scolha do candidato à prefeitura de São Paulo.
scolha do candidato à prefeitura de São Paulo. Nós precisamos encontrar o nosso José Alencar da capital”, afirmou Lula. Neste ano, a procura por vices com a característica de Zé já começou. Com os futuros candidatos à prefeitura de Uberlândia quase que definidos, as especulações agora estão em torno das escolhas dos vice-prefeitos, sobretudo nas chapas dos pré-candidatos Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e Gilmar Machado (PT). Para argumentar que o PTB tem força para indicar o vice de Luiz Humberto Carneiro, André Goulart elogiou nosso saudoso vice, que para ele, além de ser um empresário bem-sucedido, também tinha um perfil agregador e moderado, e afirmou: “Os ‘Josés Alencares’ estão todos comigo.
Realmente, muitos líderes vêm tentando encontrar nomes de destaque como foi o de Alencar. O PRB também tem buscado esse nome, que além de agregar, também inove a política paulistana. Até por isso oficializamos a pré-candidatura de Celso Russomanno a prefeito da capital. Esperamos não que Russomanno substitua Zé, mas que inove, mesmo quando pareça impossível fazê-lo. Outros partidos precisam seguir esse exemplo, pois é importante lançar novos nomes, apresentando à população os representantes que elas precisam.
A política brasileira precisa de mudanças, e os nossos jovens só irão se interessar por ela quando puderem ver homens de bem, dispostos a mudar o futuro de sua nação, mesmo contra tudo e todos. Alencar foi considerado “o parceiro ideal” do Brasil, mas todos nós podemos sê-lo, basta nos esforçarmos e ouvirmos os anseios de nossa população, lutando de maneira efetiva para mudar o futuro de nossa nação. Realmente, precisamos inovar, o Brasil precisa de pessoas que, como ele, respeite os seus ideais.
O brasileiro não pode mais generalizar e dizer que todo político é corrupto, a força para mudar isso está nas mãos de cada um de nós, ao escolhermos as pessoas certas para nos representar. Além disso, precisamos nos envolver com a política e entender como é a dinâmica de tudo isso. É preciso ter consciência, pois só assim poderemos de fato fazer alguma coisa, sair da posição de quem reclama, para ocupar a posição de quem provoca mudanças.
Saudades de José Alencar, mas felicidade ao saber que seu exemplo será seguido pelas novas gerações.
*Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB e presidente estadual do partido.
